Apesar da boa expectativa para o setor, metade dos bares do RJ tem dívidas atrasadas
De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Rio de Janeiro (Abrasel RJ), 50% dos bares e restaurantes da cidade estão com dívidas atrasadas. Reportagem veiculada na Globonews na última semana, com base na mais recente pesquisa da Abrasel RJ, aponta que o que mais vem dando dor de cabeça aos donos dos estabelecimentos são os impostos federais, como dívidas com imposto de renda, PIS/COFINS e parcelas do simples nacional
De acordo com o estudo, entre os estabelecimentos que possuem débitos em atraso, 82% têm pendências com impostos federais, 62% devem impostos estaduais, 33% devem taxas municipais, 29% têm encargos trabalhistas em atraso, 24% têm dívidas com serviços essenciais (como água, luz, gás e telefonia), 22% possuem débitos com fornecedores de insumos e outros 22% estão com o aluguel atrasado.
O levantamento revela ainda a expectativa dos empresários para os próximos meses. 52% pretendem manter o quadro atual de funcionários, 33% planejam contratar no segundo semestre do ano, enquanto 8% ainda não planejaram ou não souberam responder e apenas 7% indicaram que pretendem demitir.
O setor como um todo, tão importante para a economia do Rio de Janeiro, englobado no setor de serviços, com os atuais resultados já tem conseguido atingir patamares pré-pandemia e dado sinais de recuperação. A pesquisa mostra que 21% dos bares e restaurantes operaram ao longo do mês de maio com algum prejuízo, taxa ligeiramente menor em relação à taxa de 23% do mês de abril. Além disso, foi observado que no último mês o percentual de empresas lucrando passou de 36% em abril para 39% em maio.
Todos os números apresentados apontam boas notícias para o setor de bares e restaurantes, mas o alerta permanece ligado. O comportamento do consumidor é o que impulsiona essa área que é tão importante para a economia do estado e também da cidade, especialmente cidades turísticas como o Rio de Janeiro.
A produção da GloboNews conversou com o presidente da Abrasel RJ, Pedro Hermeto, que fez uma análise dos números. E trouxe, inclusive, o ponto de que muitos donos de estabelecimentos têm tido dificuldades para contratar devido à mudança ocorrida junto com a pandemia, muitas pessoas trabalhando em casa, muito dirigindo carros por aplicativo, porém isso nem sempre pode ser visto como empreendedorismo, mas sim precarização do trabalho.
"O setor já se recuperou no sentido de fazer caixa, gerar dinheiro. O problema é que esse caixa gerado é quase todo destinado a pagar essas dívidas, como dívidas de imposto federal e dívidas com fornecedores. Então, gera-se caixa, mas grande parte desse caixa, senão toda, é destinado ao pagamentos desses passivos que se formaram com a pandemia”, explica Pedro Hermeto.
Fonte: Globonews
Turismo tem maior faturamento em maio desde 2014, diz CNC
De acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) na última terça-feira (25), o turismo no Brasil teve, em 2023, o maior faturamento para um mês de maio desde 2014. O volume de receitas somou R$ 36,1 bilhões, com aumento de 8,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, e de 4% na comparação com abril deste ano.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o setor tem retomado sua receita com empregabilidade, desenvolvimento de novos negócios e atração de investimentos estrangeiros. Outro indicador desse movimento é que a média de fluxo de aeronaves nos 10 maiores aeroportos do Brasil voltou, em maio, ao nível observado antes da pandemia. Do ponto de vista do turismo interno, a alta tem relação com o alto custo de viajar para o exterior e com a alta oferta de produtos turísticos brasileiros. Já pela ótica do turista estrangeiro, o câmbio e a infraestrutura voltada ao turismo internacional tornam o Brasil uma boa opção.
Assim como o número de postos de trabalhos, o número de empresas do setor também está em alta. Em maio deste ano havia 10% mais estabelecimentos que no mesmo mês do ano passado, lista que inclui serviços culturais e de hospedagem, bares e restaurantes, transporte de passageiros, aluguel de veículos, agências de viagem e outros. Apesar de ser frequentemente associado a hospedagem e agências de viagem, os serviços turísticos que tiveram maior crescimento de estabelecimentos foram aluguel de veículos (12,4%), serviços culturais (11,5%) e bares e restaurantes (10,9%).
Fonte: Agência Brasil
Cozinha de balcão: interação com chefs é tendência na gastronomia brasileira
Fenômeno global que se fortalece no Brasil, a cozinha saiu das sombras para ganhar o palco à frente dos comensais. É a reinvenção, com direito à presença de chefs renomados, da comida de balcão de antigamente. Muito além de oferecer o aroma e o sabor dos pratos recém-saídos das mãos do cozinheiro, a tendência leva casas reputadas a pôr suas estrelas para apresentar ingredientes, modos de preparo, truques e ainda tirar dúvidas com os clientes. Trata-se, portanto, de mãos dadas com a internet, do novo tempo de um canto que servia apenas para esperar um lugar à mesa de restaurantes lotados. No começo foi muito difícil, tive que fazer terapia para me expor assim e me sentir confortável”, confessa, depois de readaptar o ambiente para responder à demanda de visibilidade”, diz Alberto Landgraf, chef do Oteque, restaurante de comida contemporânea brasileira no Rio de Janeiro, com duas estrelas Michelin e um dos cinquenta melhores do mundo.
Outro atrativo do movimento — tradição que começou na Europa, mas se popularizou no Japão nas últimas décadas — é diretamente ligado à prática do omakase, expressão japonesa que significa “confio em você”. A ideia é confiar no chef, que vai preparar as receitas com os ingredientes mais frescos do dia e só apresentará o menu na hora da refeição. “É uma experiência gastronômica completa, porque você vê tudo que está sendo feito e fala com quem está fazendo ao mesmo tempo”, diz Denis Watanabe, chef do restaurante que leva seu nome em São Paulo.
O sucesso do balcão é tamanho que até aulas de culinária estão sendo ministradas dessa forma para amantes da gastronomia observarem, aprenderem e, obviamente, degustarem os pratos na sequência. Quem sabe faz ao vivo e, pelo visto, quer que outros compartilhem dos momentos de inspiração e habilidade. Numa experiência que, claro, pode (e deve) ser registrada, publicada e curtida.
Fonte: Veja
Ceviche está cada dia mais presente nos restaurantes do Rio de Janeiro
Cerca de 8 mil pessoas lotaram no último fim de semana o jardim do Palácio do Catete, na zona sul do Rio de Janeiro, para a 10ª edição da Expo Ceviche, evento apoiado pelo Consulado do Peru no Rio de Janeiro e organizado pelo chef peruano Oscar Vasquez-Solis. Engajado na promoção da gastronomia peruana desde que chegou ao Brasil, há 13 anos, Solis comemora o crescimento do interesse dos brasileiros pelo ceviche, o famoso peixe marinado em molho ácido cada vez mais presente em restaurantes no Brasil.
A Expo Ceviche faz parte desse esforço e já ocorre há dez anos. Foram cinco edições em São Paulo, três no Rio de Janeiro e duas remotas, durante a pandemia de covid-19. Solis esclarece que a gastronomia peruana vai muito além do ceviche, mas reconhece que esse é seu “prato-bandeira”.
O crescimento da visibilidade da gastronomia peruana é um resultado do aumento de seu reconhecimento internacional, com sucessivas premiações de chefs e restaurantes do país entre os melhores do mundo. O Central, em Lima, é hoje o primeiro colocado no principal ranking de restaurantes.
Fonte: Diário Carioca