rj.abra
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes
Rio de Janeiro
  • Abrasel
  • Agenda
  • Associe-se
  • Equipe
  • Notícias
  • Parceiros

  • Home
  • Conexão Abrasel
  • Abrasel
  • Notícias
  • Agenda
  • Associe-se
  • Parceiros
  • Equipe
  • Fale Conosco
  • Revista B&R

Paulo Solmucci: "A desverticalização está vindo aí"

  • PUBLICADO EM: 05/02/2019
  • Tempo estimado de leitura: minuto(s).

O principal motivo das altas taxas de juros no Brasil é a soma da concentração bancária com a verticalização, isto é, poucas empresas se juntando para controlar todos os elos de um mesmo negócio. A dupla incidência de concentração/verticalização ocorre muito claramente no segmento de cartões de crédito, mas há acentuadas evidências dela em áreas menos perceptíveis à sociedade brasileira.

Chega-se ao extremo de os bancos administrarem a Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). Os mais elevados juros do mundo são apenas o sintoma da falta de autêntica competição no mercado financeiro. A CIP, criada em abril de 2001, é uma instituição de 41 bancos acionistas, operando sob o controle normativo e fiscalizador do Banco Central. Nela, processam-se diariamente os boletos e as transferências bancárias do país inteiro. O resultado dessa entrelaçada teia de controles sobre o mercado é que os cinco maiores bancos concentram 80% de todas as operações de crédito do país.

É preciso desverticalizar, como os americanos há tempo já fizeram. E tem de se começar por um dos pontos nevrálgicos do sistema, que é o dos meios de pagamento. Nos Estados Unidos, bancos não podem se associar a marcas (bandeiras) de cartão de crédito. E, se emitem marcas de terceiros, não podem participar dos negócios de credenciamento dos lojistas. Criaram-se barreiras intransponíveis, impedindo-se qualquer possibilidade de acordos velados entre duas ou mais partes, em prejuízo de terceiros. Ou seja, cada macaco no seu galho. A isso se dá o nome de desverticalização.

Pois bem. Os bancos sediados no Brasil iniciaram, no dia 4 de dezembro, uma gigantesca campanha publicitária com 21 propostas para baixar os juros no país. Todavia, apenas uma das propostas está na alçada dos bancos, e, mesmo assim, apenas em parte: a que sugere a regulamentação para uma forma de crediário, na qual o cliente poderia dividir em várias parcelas o pagamento da compra feita por meio do cartão de crédito, pagando juros a partir da primeira parcela. E daí, cara pálida? A verticalização continua.

O memorável economista Roberto Campos disse certa vez que as estatísticas são como o biquíni: o que revelam é interessante, mas ocultam o essencial. Os bancos veiculam uma campanha biquíni, apontando o rol de 21 problemas a serem corrigidos, sem mencionar a verticalização.

No dia 4 de dezembro, aprovou-se no Senado relatório da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) reconhecendo a existência de práticas de verticalização. Imediatamente, o relatório foi enviado à nossa autarquia antitruste, o imprescindível Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), recomendando-se providências para que se desverticalize o sistema financeiro do país. Em linguagem direta, é o seguinte: que se proíbam empresas de se unirem em um mesmo grupo para controlar os elos de uma cadeia de negócios, cujo exemplo mais emblemático é a cadeia dos cartões de crédito.

De repente, não mais que de repente, na manhã seguinte à aprovação do relatório do Senado, os integrantes do Tribunal de Contas do Cade imediatamente recomendaram que se abrissem procedimentos internos de investigação de práticas "anticompetitivas no mercado financeiro e de meios de pagamentos eletrônico, em especial os efeitos decorrentes da verticalização do setor". O bambu começou a gemer.

Pois bem. Eis que o atual presidente do BC, Ilan Goldfajn, concede entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada em 2 de janeiro. Nas entrelinhas, acaba sinalizando que a desverticalização está a caminho. Disse que este "não é o momento". Porém, acrescentou: "O momento é 'segue o caminho', a competição está duríssima, vamos só na mesma linha que a gente vai chegar lá".

O assunto está na mesa do novo governo. Sabemos muito bem qual é a disposição do ministro da Economia, Paulo Guedes. Em encontro que tivemos, antes de sua posse, ao falarmos sobre sistema financeiro e verticalização, dele ouvimos: "A eficiência da economia vem da competição. Competição. É o que queremos, é o que queremos". De acordo, ministro. Plenamente de acordo.

Fonte: UOL

Notícias Relacionadas

Trabalho intermitente avança e reforça modernização no setor de alimentação fora do lar

Confiança empresarial recua em junho, mas setor de alimentação fora do lar segue resiliente

Férias de julho devem aquecer movimento nos restaurantes em destinos turísticos

Setor se destaca como porta de entrada para trabalhadores imigrantes no Brasil

Comentários

Últimas Notícias

Trabalho intermitente avança e reforça modernização no setor de alimentação fora do lar

Confiança empresarial recua em junho, mas setor de alimentação fora do lar segue resiliente

Férias de julho devem aquecer movimento nos restaurantes em destinos turísticos

Setor se destaca como porta de entrada para trabalhadores imigrantes no Brasil

Reputação digital de bares e restaurantes melhora em 2025

Chegada do inverno traz novas oportunidades para bares e restaurantes

ABRASEL - Associação Brasileira de Bares e Restaurantes é uma organização de cunho associativo empresarial que tem como missão representar e desenvolver o setor de alimentação fora do lar (AFL), facilitando o empreender e melhorando a qualidade de vida no País.

MENU

  • Abrasel
  • Agenda
  • Associe-se
  • Equipe
  • Notícias
  • Parceiros

Endereço

Av. Almirante Barroso, 81
Centro - Rio de Janeiro/RJ
CEP: 20031-916


Contato

(21) 2220 4108

abraselrj@abrasel.com.br

Razão Social

Associação Brasileira de Bares e Restaurantes - Seccional Rio de Janeiro 

CNPJ

30.117.329/0001-06

Associe-se
Copyright © - Abrasel - Todos os direitos reservados